Conferência "Covid-19, mentes colonizadas: “seguidismo” latino-americano"
O coletivo www.descolonizacion.org propõe esta segunda-feira, 12 de outubro, "dia da raça", um encontro sobre o tema do “seguidismo” na América Latina a respeito da Europa e ao "primeiro mundo", no contexto da crise sanitária em torno do Covid-19.
“Estive na Venezuela em março e vi como o que foi decidido na Itália, Espanha e França foi automaticamente tomado pelos meios de comunicação e pelas autoridades. Hoje vejo o mesmo no Brasil, onde acabo de chegar, por parte da mídia e de algumas autoridades. As medidas tomadas em Paris são uma referência, enquanto que na França, onde esteve até há poucos dias, são extremamente criticadas e geram uma insatisfação crescente. Mas se as autoridades de Paris ou Madrid o fazem, deve estar tudo bem... Não? É assim que pensa o brasileiro, o colonizado de uma forma geral que não foi emancipado do seu complexo de inferioridade e da sua admiração cega pelo que vem da “pátria-mãe”, declara David Uzal, coordenador continental do grupo.
Descolonizacion.org, visa chamar a atenção para a dependência cultural e mental das ex-colónias com seus antigos proprietários e de forma geral com a Europa e América do Norte, consideradas fontes supremas das normas, como aquilo que deve ser imitado e seguido, como as nações que têm legitimidade para comandar direta ou indiretamente os assuntos do continente.
A crise da Covid-19 demonstrou um “seguidismo” generalizado por parte dos países latino-americanos cujas realidades são, no entanto, diferentes das da Europa ou da América do Norte.
“De certa forma, esta crise promove à “primeira liga” todos os países que aderem aos mandamentos da OMS, neutralizando assim as diferenças, aparentemente enormes, entre países como o nosso, também Índia e África, com o resto do mundo. Permite que ganhem imediatamente um status desejado, simplesmente mostrando que também se importam, que estão na “onda da saúde”, que o seu maior problema também é o vírus Covid-19 e, de repente, por magia, todos os outros problemas, que são muito graves, desaparecem por detrás da cortina de fumaça do “combate à pandemia” ”, declara Ángel Xue Gutiérrez, coordenador para a Colômbia onde “a crise da saúde” serve, como no resto do continente, para neutralizar a crescente insatisfação da população com a situação económica, social e de segurança pública.
Estas questões e algumas outras serão apresentadas e debatidas nesta segunda-feira às 15h00 (Bogotá) por, além dos citados David Uzal (Brasil) e Ángel Xue Gutiérrez (Colômbia), Erich Rever (dentista e ativista, Peru) e a cientista política Patricia Archila, a psicóloga Cristina Bonilla e Santiago González, um comunicador independente.
Evento Online: Zoom, ID da reunião:990 1110 4718, Código de acesso 12345
“Estive na Venezuela em março e vi como o que foi decidido na Itália, Espanha e França foi automaticamente tomado pelos meios de comunicação e pelas autoridades. Hoje vejo o mesmo no Brasil, onde acabo de chegar, por parte da mídia e de algumas autoridades. As medidas tomadas em Paris são uma referência, enquanto que na França, onde esteve até há poucos dias, são extremamente criticadas e geram uma insatisfação crescente. Mas se as autoridades de Paris ou Madrid o fazem, deve estar tudo bem... Não? É assim que pensa o brasileiro, o colonizado de uma forma geral que não foi emancipado do seu complexo de inferioridade e da sua admiração cega pelo que vem da “pátria-mãe”, declara David Uzal, coordenador continental do grupo.
Descolonizacion.org, visa chamar a atenção para a dependência cultural e mental das ex-colónias com seus antigos proprietários e de forma geral com a Europa e América do Norte, consideradas fontes supremas das normas, como aquilo que deve ser imitado e seguido, como as nações que têm legitimidade para comandar direta ou indiretamente os assuntos do continente.
A crise da Covid-19 demonstrou um “seguidismo” generalizado por parte dos países latino-americanos cujas realidades são, no entanto, diferentes das da Europa ou da América do Norte.
“De certa forma, esta crise promove à “primeira liga” todos os países que aderem aos mandamentos da OMS, neutralizando assim as diferenças, aparentemente enormes, entre países como o nosso, também Índia e África, com o resto do mundo. Permite que ganhem imediatamente um status desejado, simplesmente mostrando que também se importam, que estão na “onda da saúde”, que o seu maior problema também é o vírus Covid-19 e, de repente, por magia, todos os outros problemas, que são muito graves, desaparecem por detrás da cortina de fumaça do “combate à pandemia” ”, declara Ángel Xue Gutiérrez, coordenador para a Colômbia onde “a crise da saúde” serve, como no resto do continente, para neutralizar a crescente insatisfação da população com a situação económica, social e de segurança pública.
Estas questões e algumas outras serão apresentadas e debatidas nesta segunda-feira às 15h00 (Bogotá) por, além dos citados David Uzal (Brasil) e Ángel Xue Gutiérrez (Colômbia), Erich Rever (dentista e ativista, Peru) e a cientista política Patricia Archila, a psicóloga Cristina Bonilla e Santiago González, um comunicador independente.
Evento Online: Zoom, ID da reunião:990 1110 4718, Código de acesso 12345