Venezuela: Embargo, Coronavírus e Guerra – O Movimento Raeliano condena a hipocrisia e a responsabilidade criminosa ocidentais.
O Movimento Raeliano, mediante o seu coordenador da América Latina, David Uzal, condena a hipocrisia das nações ocidentais na forma como a Venezuela é tratada: “De um lado, haveria uma guerra contra um perigo devastador, uma ameaça inédita que justificaria medidas sanitárias excecionais e liberticidas e, por outro lado, estas mesmas nações que gritam que vem aí o lobo não moveram um único dedo para permitir que um país como a Venezuela se confronte a este “lobo” que seria a pandemia do Covid-19” declara David Uzal desde o seu confinamento em Caracas, onde veio com outros raelianos para assistir à “Universidade da Felicidade”, a reunião continental do Movimento Raeliano que tem lugar todos os anos num país da América Latina. A anterior foi na Argentina em março de 2019.
As atividades previstas de 15 a 22 de março não foram plenamente levadas a cabo devido ao confinamento decidido pelo governo venezuelano a partir de segunda-feira, 16 de março. Raelianos colombianos ficaram igualmente na Venezuela sem possibilidade de retorno ao seu país, devido às tensões entre ambas as nações, particularmente desde a integração da Colômbia na OTAN. “Os paramilitares assassinam quase diariamente dirigentes sindicalistas ou líderes sociais; as populações indígenas são despojadas dos seus recursos básicos e morrem de fome em lugares como em La Guajira; os narcotraficantes estão ativos por todo o lado, tudo isto sem que a comunidade internacional se indigne. Dizer que há uma dupla moral seria estar muito abaixo da realidade” declara Ángel Xue Gutiérrez, coordenador do Movimento Raeliano Colombiano, igualmente detido na Venezuela.
As medidas de confinamento, que se generalizaram na América Latina seguem as que foram decretadas pelos países ocidentais e prósperos, sem ter em conta o nível de desenvolvimento económico e das infraestruturas incomparavelmente inferior e que levará a uma terrível miséria nas classes mais desfavorecidas. Isto será atenuado na Venezuela devido às medidas de “bolsa alimentar” (bolsa Clap) destinadas a toda a população. “O paradoxo é que em alguns aspetos sofrerão aqui menos do que nos países vizinhos que têm os favores das potências ocidentais e onde o confinamento vai engendrar misérias muito superiores às da pandemia em si,” declara Ángel Xue. “Sem estas medidas drásticas e desproporcionadas, particularmente na França, Espanha e Itália, os países deste continente não as teriam tomado. Os governos tiveram de se submeter a uma opinião pública globalizada e amedrontada; ao pânico fomentado pelas autoridades de países influentes e propagado pelos grandes meios internacionais” acrescenta.
De qualquer forma, os efeitos da epidemia do Covid-19 serão devastadores em todo o continente, o que inclui a Venezuela que sofre um bloqueio imposto pelos mesmo estados que anunciam em alto e bom som que a humanidade se confronta a uma pandemia que obriga a uma solidariedade internacional… “Ou estes governos manifestam um alarmismo insincero ou são culpados de manter sanções que correspondem a uma classificação jurídica de criminosas, contra alguns países, incluindo a Venezuela,” declara David Uzal.
“Pudemos observar a capacidade de organização, de adaptação, de resiliência, sem esquecer a alegria de viver da população venezuelana que, apesar de sofrer com esta situação, está hoje mais bem preparada que a de qualquer outra nação contra a terrível crise económica que provocou a reação irracional a este vírus. O bloqueio enrijeceu este povo e o obrigou a desenvolver uma inteligência de sobrevivência muito superior à das populações dos países que lhe impuseram sanções. É provável que num futuro próximo, os venezuelanos poderão dar o exemplo àqueles que dão lições desde há demasiado tempo” conclui desde o seu exílio indefinido na Venezuela.
Também é neste contexto que os EUA levam a cabo as maiores manobras militares no mar das Caraíbas e no Pacífico próximo desde a invasão do Panamá em 1989. “Em caso de guerra, toda a região corre o risco de se afundar na violência, começando pela Colômbia, onde a situação social, dos Direitos Humanos e a frágil paz com a guerrilha vacilará, provocando distúrbios que irão provavelmente no sentido contrário à das esperanças dos EUA. Apesar das suas sete bases militares em solo colombiano, correm o risco de ser expulsos do país como o foram na Síria e como o são agora no Iraque. E celebrá-lo-emos!” conclui, por sua vez, Ángel Xue.
O Movimento Raeliano apoia um processo de descolonização radical desde continente ( www.descolonizacion.org ) que provoque uma mudança dos paradigmas que o mantêm num estado de subjugação mental, política, económica, militar e espiritual, sob as veleidades pós-coloniais e imperialistas euro-estadunidenses e com a cumplicidade das oligarquias locais.
As atividades previstas de 15 a 22 de março não foram plenamente levadas a cabo devido ao confinamento decidido pelo governo venezuelano a partir de segunda-feira, 16 de março. Raelianos colombianos ficaram igualmente na Venezuela sem possibilidade de retorno ao seu país, devido às tensões entre ambas as nações, particularmente desde a integração da Colômbia na OTAN. “Os paramilitares assassinam quase diariamente dirigentes sindicalistas ou líderes sociais; as populações indígenas são despojadas dos seus recursos básicos e morrem de fome em lugares como em La Guajira; os narcotraficantes estão ativos por todo o lado, tudo isto sem que a comunidade internacional se indigne. Dizer que há uma dupla moral seria estar muito abaixo da realidade” declara Ángel Xue Gutiérrez, coordenador do Movimento Raeliano Colombiano, igualmente detido na Venezuela.
As medidas de confinamento, que se generalizaram na América Latina seguem as que foram decretadas pelos países ocidentais e prósperos, sem ter em conta o nível de desenvolvimento económico e das infraestruturas incomparavelmente inferior e que levará a uma terrível miséria nas classes mais desfavorecidas. Isto será atenuado na Venezuela devido às medidas de “bolsa alimentar” (bolsa Clap) destinadas a toda a população. “O paradoxo é que em alguns aspetos sofrerão aqui menos do que nos países vizinhos que têm os favores das potências ocidentais e onde o confinamento vai engendrar misérias muito superiores às da pandemia em si,” declara Ángel Xue. “Sem estas medidas drásticas e desproporcionadas, particularmente na França, Espanha e Itália, os países deste continente não as teriam tomado. Os governos tiveram de se submeter a uma opinião pública globalizada e amedrontada; ao pânico fomentado pelas autoridades de países influentes e propagado pelos grandes meios internacionais” acrescenta.
De qualquer forma, os efeitos da epidemia do Covid-19 serão devastadores em todo o continente, o que inclui a Venezuela que sofre um bloqueio imposto pelos mesmo estados que anunciam em alto e bom som que a humanidade se confronta a uma pandemia que obriga a uma solidariedade internacional… “Ou estes governos manifestam um alarmismo insincero ou são culpados de manter sanções que correspondem a uma classificação jurídica de criminosas, contra alguns países, incluindo a Venezuela,” declara David Uzal.
“Pudemos observar a capacidade de organização, de adaptação, de resiliência, sem esquecer a alegria de viver da população venezuelana que, apesar de sofrer com esta situação, está hoje mais bem preparada que a de qualquer outra nação contra a terrível crise económica que provocou a reação irracional a este vírus. O bloqueio enrijeceu este povo e o obrigou a desenvolver uma inteligência de sobrevivência muito superior à das populações dos países que lhe impuseram sanções. É provável que num futuro próximo, os venezuelanos poderão dar o exemplo àqueles que dão lições desde há demasiado tempo” conclui desde o seu exílio indefinido na Venezuela.
Também é neste contexto que os EUA levam a cabo as maiores manobras militares no mar das Caraíbas e no Pacífico próximo desde a invasão do Panamá em 1989. “Em caso de guerra, toda a região corre o risco de se afundar na violência, começando pela Colômbia, onde a situação social, dos Direitos Humanos e a frágil paz com a guerrilha vacilará, provocando distúrbios que irão provavelmente no sentido contrário à das esperanças dos EUA. Apesar das suas sete bases militares em solo colombiano, correm o risco de ser expulsos do país como o foram na Síria e como o são agora no Iraque. E celebrá-lo-emos!” conclui, por sua vez, Ángel Xue.
O Movimento Raeliano apoia um processo de descolonização radical desde continente ( www.descolonizacion.org ) que provoque uma mudança dos paradigmas que o mantêm num estado de subjugação mental, política, económica, militar e espiritual, sob as veleidades pós-coloniais e imperialistas euro-estadunidenses e com a cumplicidade das oligarquias locais.